sábado, 2 de julho de 2016

Sobre as manifestações do dia 15 de março de 2015



Sobre as manifestações do dia 15 de março de 2015
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva


O texto abaixo é um comentário que fiz no meu perfil da rede social Facebook. Foi publicado no dia 15 de março de 2015. A breve análise deste comentário refere-se a alguns dos fatores característicos das “manifestações” que ocorreram nesse dia. Destaco a palavra “manifestações”, uma vez que, ao contrário do anedotário televisivo ou da superstição acadêmica, cuja atividade neuróbica empola-se transversalmente em suposições mágicas de cerimônia, não houve nem uma uniformidade nem uma unidade característica, muito menos uma reação de “direita” ou “esquerda” segundo os mantras especialistas da conceituação sociológica ou econômica—para um “check-up” provisório dessa mentalidade, recomendo meu texto “A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg” (Link: https://polymathsiriusasociety.blogspot.com.br/2015/08/a-imprecisao-resolutiva-uma-licao-de.html ). 

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Não se analisa a finalidade de um movimento pelo que supostamente defende, mas pelo que 'visa combater', pois aquilo pelo qual busca combater se aproxima bem de sua verdadeira razão de existir e agir. Para exemplificar isso, é só notar como o MST, Black Blocs e outros agem em seus "protestos", assim como as manifestações espúrias e notoriamente cifradas, que se limitam pelo "Fora Dilma, Fora Fulano, Fora FHC", e etc. Enquanto alguns movimentos surgem pela reação, outros se instrumentalizam por alguma aderência a algum poder político ou pelo menos tentam trabalhar para algum. Os mais reativos são mais fiéis à aderência espontânea, apesar de que isso não os torne livres da tentativa de teleguiá-los para uma direção mais específica. Dentro de um movimento pode existir outros movimentos em apêndice, com infiltrados ou não, com pessoas sinceras ou não. Levando em conta a dramática situação do país e a costumeira presença de movimentos historicamente atrelados aos partidos de esquerda em protestos e o seu previsível 'modelo de manifestação', talvez o que aconteceu hoje seja o prenúncio de uma silenciosa e complexa quebra de hegemonia política, embora isso não signifique que seja um movimento imbuído por convicções de "direita", nem tampouco isento de forças internacionais e oportunidades estratégicas para alguns segmentos políticos internos, nem tampouco reduzível a generalizações vagas como "massa de manobra","movimento de elitistas", e etc; basta notar o volume e a aparente heterogeneidade do movimento e o que ele representa para aqueles que não foram mas continuam indignados com a conjuntura do país. Obs: utilizei os termos direita e esquerda com o objetivo de identificar as forças políticas representativas, mas não com a intenção de defini-las e expressá-las por base de uma validade de discurso que só tem persistência pelo efeito da repetição, diferenciando-se assim do que os asseclas de certas ideologias aplicam em debates.
Obs: sublinhei a parte que expressa essencialmente o meu raciocínio interpretativo sobre essas manifestações.
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Está também no Scribd.
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Obs: no dia 09 de março de 2015, publiquei o texto "Apenas, e somente apenas, caras pintadas?". Como o próprio título indica, relaciona-se diretamente com as manifestações. 
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Obs: vídeo sobre as "Novas Oposições e a Oligarquia Financeira Transnacional".




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